Jacinta de Fátima: sem o sofrimento nada de grande se faz

Como sabemos, dos três videntes de Fátima dois morreram, por desígnio e previsão de Nossa Senhora, e ficou Lúcia, a qual recebeu novas revelações.
Quanto à razão pela qual Nossa Senhora quis que Jacinta e Francisco morressem, é bem evidente e eles também a declararam: eram necessárias pessoas que sofressem. Ou seja, vítimas que associassem, a todo o mistério de Fátima e a toda a fecundidade que Nossa Senhora desejava na ordem sobrenatural para os fatos de Fátima, a sua dor, o sacrifício muito penoso de suas vidas (ambos morreram em circunstâncias extraordinariamente difíceis e sofrendo muito).
Isso porque todas as grandes obras de Deus se fazem com a participação dos homens quando se trata da salvação de outros homens. E, em geral, com almas que lutaram, que sofreram e que rezaram para que de fato aquela obra fosse levada a cabo. Quer dizer, é sempre preciso a participação do sofrimento humano. E sem o sofrimento humano, nada de grande se faz.
Isso é especialmente frisante no que diz respeito à Fátima. É uma intervenção direta de Nossa Senhora. Essa aparição se fez atestada por milagres estupendos, como por exemplo, a rotação do sol, tantas vezes e em distâncias tão grandes. É uma mensagem das mais importantes – ou talvez a mais importante – que Nossa Senhora tenha dado ao longo de toda a História.
Nesta ocasião e nestas circunstâncias a Mãe de Deus quis o sacrifício de duas almas que se imolassem e oferecessem suas vidas para que todo aquele plano da Providência tivesse a fecundidade necessária. Nós podemos compreender bem, por aí, como esse apostolado de sofrimento é verdadeiramente insubstituível. E como é ele que verdadeiramente abre os caminhos para a Igreja.
Houve um pintor alemão que uma ocasião pintou Nosso Senhor como Bom Pastor, batendo à porta de uma choupana. E alguém lhe comentou:
– O sr. fez um erro na confecção desse seu quadro, porque essa porta não tem fechadura.
Ele disse:
“É verdade. Mas isso não é um erro. Esta porta simboliza a porta do coração humano. Nosso Senhor bate ali, mas não há fechadura do lado de fora, apenas do lado de dentro. Porque um certo tipo de abertura de alma é da alma para consigo mesma, só. E aqui ninguém consegue intervir. É uma coisa fechada mesmo”.
Com efeito, o jeito que há para conseguir que as almas se abram é precisamente por meio da oração e dos sacrifícios.
É por meio da dor, carregando amorosamente a Cruz de Nosso Senhor, que encontramos a vida, compreendendo que é normal que se sofra.
E que a pessoa só é grande na medida em que sofre. Quem carrega os grandes sofrimentos por amor de Deus são os únicos grandes homens da História. É nessa medida que se é verdadeiramente fiel a Nosso Senhor e se acaba sendo um grande homem. As pessoas decisivas nos rumos da História são as que souberam sofrer tudo.

É claro que esse sofrer não é apenas passivo, deixar cair as pancadas em cima da cabeça. É um sofrer ativo. Quer dizer, é muitas vezes tomar a iniciativa da luta – sempre segundo a Lei de Deus e dos homens.

É combater, é romper com aqueles a quem a gente estima, é arrostar a opinião dos outros, é aceitar de ficar posto em situações difíceis, contrafeitas, contraditórias, enfim todo o sofrimento da batalha mais intrépida, mais ousada e mais cheia de iniciativa. Tudo isso é sofrer e até sofrer por excelência. Mas é preciso saber sofrer.
A aceitação do sacrifício é necessária para se combater o mito holywoodiano do “happy end”
Precisamente isto nos é dito muito pelo sacrifício de Jacinta como pelo sacrifício de Francisco. Devemos nos lembrar disso e pedir a Jacinta que interceda a Nossa Senhora de Fátima para obter esse senso de sofrimento, indispensável para que qualquer católico seja verdadeiramente um católico generoso e dedicado.
Essa aceitação da cruz é contrária ao mito do homem de hoje, ao mito do happy end, de que a vida normal é aquela que termina bem, e que tudo é alegria, tudo é luz, e que o sofrimento é uma espécie de bicho de sete cabeças que malucamente invade a vida das pessoas.
É o contrário! A vida que não tem cruzes é uma vida que não vale nada. São Luiz Maria Grignion de Montfort chega até a dizer que quando uma pessoa não sofre, deve – naturalmente com autorização do diretor espiritual – pedir cruzes, fazer peregrinações e orações intensíssimas. Porque a pessoa que não tem sofrimentos, a quem Deus não enviou sofrimentos, deve desconfiar de sua salvação eterna.
Devemos pedir a Jacinta a graça de Deus para que grave esta grande verdade profundamente em nossas almas, por meio das preces de Nossa Senhora.

 Extraído do site: http://www.pliniocorreadeoliveira.info/
 

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1 Comentário

  • Que Nossa Senhora,nos fortaleça ainda mais na fé e no propósito de Deus.Assim como foram os pastorinhos,mesmo no sofrimento e nas angustias por que passaram souberam esperar e alcançar a glória eterna.Amém!

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