A Santa Igreja pede o vosso auxílio; a Santa Igreja pede o vosso socorro: Rezemos o Santo Rosário!

Homilia proferida pelo Reverendíssimo Padre Renato Leite no dia 25 de maio de 2014*.

Eu gostaria de fazer uma breve meditação aproveitando a ocasião do encerramento do mês Mariano…

Este mês de maio, recordando que em situações adversas como esta na qual nos encontramos, corremos, em princípio, um grave perigo do ponto de vista da fé e da nossa salvação, porque agora tudo à nossa volta conspira contra Jesus Cristo.

Se cumprem aquelas palavras do Salmo 2: “Por que tumultuam as nações? Por que tramam os povos vãs conspirações? Erguem-se, juntos, os reis da terra, e os príncipes se unem para conspirar contra o Senhor e contra seu Cristo.”

De modo que os cristão agora, de modo sutil, são tentados à abdicar da fé, a abandonar os votos que fizeram no Santo Batismo, a aderir às máximas do mundo, enganados pelo número, já que a maioria vive assim.

Não bastante, até mesmo muitos membros do clero, muitos pastores, também capitularam, também condescenderam e agora são contados nas fileiras daqueles que  lutam contra Cristo, no fronte dos inimigos jurados de Jesus Cristo.

No passado, em situações como essa, os sucessores de Pedro não tinham nada em que pensar e nada no que se apoiar a não ser no auxílio da Virgem Maria. Em circunstâncias bem menos graves, encontraram o auxílio poderoso da Santíssima Virgem Maria.

Vocês podem verificar isso que digo nos diversos documentos Marianos, as cartas, as encíclicas dos papas, de modo particular Pio IX, Leão XIII e Pio X.

Era a Ela, invariavelmente, a quem estes grandes príncipes dos apóstolos recorriam nas agruras e nas dores da Mãe Igreja, pedindo seu auxílio poderoso, porque sabiam que eram sempre atendidos, e exortavam aos demais pastores e fiéis para que fizessem o mesmo pela oração do santo rosário.

Assim sendo, a oração do rosário deve ser mais do que uma opção de piedade pessoal e privada.

Ainda que, infelizmente, também o rosário tenha caído no âmbito dos gostos pessoais, ou seja, reza quem gosta, quem não gosta não reza. O rosário ficou “ad libitum”, a critério.

Constantemente ouço dizer: “Ah! Eu rezo porque gosto, me sinto bem”. Vejam onde fomos parar: As pessoas rezam o terço porque “gostam de rezar e se sentem bem”, como se esse dom celeste tivesse sido oferecido ao gosto dos homens e não como remédio às suas
necessidades terminais!

Antigamente, porém, a súplica à Maria era uma das principais armas de que a Igreja dispunha diante dos graves males, como foi a heresia albigense, quando a própria Virgem inspirou o rosário ao grande São Domingos, e pelos seus efeitos maravilhosos no combate contra as heresias e contra o mundo com suas máximas que, de tempos em tempos, não quer outra coisa a não ser “sacudir dos ombros” o suave jugo de Cristo, deu aos católicos a almejada vitória.

Diante de situações humanamente perdidas como esta na qual nos encontramos, afundados até o pescoço, a Igreja não fez outra coisa a não ser se apoiar nos braços da Santíssima Virgem, se prender a Ela pela oração fervorosa do rosário, pedindo a salvação dos cristãos.

Dito isso, vejo-me no dever, do qual sei que Deus vai me pedir sérias contas, de exortar-vos à oração do rosário, já que temos na Tradição da Igreja o nosso apoio e a referência para a nossa pratica
da fé.

Mas, Padre, o que vamos fazer?

Então, se alguém me perguntasse: “Mas padre, o que vamos fazer? As coisas pioram, as defecções são incontáveis, as traições, a heresia avança, campeia por todos os lados, os flancos estão abertos e os inimigos entram, o que fazer?”

O que fazer?! Empunhemos a arma do terço, do santo rosário, não mais como uma simples opção de devoção privada, mas como um penhor de vitória.

Eu gostaria de exortar a vocês, portanto, filhos, celebrando esse último domingo do mês de maio, mês tradicionalmente dedicado ao terço, à Nossa Senhora, a meditar Suas virtudes, Seus méritos, a Sua glória e a Sua materna proteção e a Sua infalível intercessão, Sua onipotente intercessão.

Eu gostaria de exortar-vos a tomar com afinco esta tarefa tão simples de guardar cada dia doze, quinze minutos para recitar pelo menos uma vez o terço do rosário, seguindo a tradição abalizada daqueles que o fizeram antes de nós, devemos rezar o Santo Rosário não simplesmente por gosto, ou por que nos sentimos inspirados a fazê-lo, mas porque nos foi ordenado a fazer.

Aqui não se trata simplesmente de um grupo afeiçoado a uma devoção, mas sim da milícia de Cristo, dos soldados de Cristo que devem se levantar e, apoiados no Santo Sacrifício da Missa, empunhando o Santo Rosário, combater as forças das trevas que operam por detrás de todos os males dos quais não fazemos outra coisa senão lamentar, como se simplesmente pelo lamentar e chorar os males fosse possível diminuí-los ou resolvê-los.

Lembremos, filhos, lembremos do tempo que nos separa das coisas que são ditas a vocês hoje nesta Santa Missa, para recordar que nossos antepassados na fé fizeram isso.

E o Céu não deixou de responder às suplicas que, uma vez colocadas nas mãos da Santíssima Virgem, foram levadas diante da presença do Trono do Cordeiro. O Senhor não deixou de atender a essas súplicas chanceladas pela virtude da Virgem Maria.

Assim sendo, devemos agora dar um passo adiante; demos um passo atrás, relegando o santo rosário a uma mera questão de gosto, de piedade privada…

…porque quando ele foi dado pela Virgem Maria a seu servo, ao seu Apóstolo Domingos de Gusmão, não lhe foi dado para lhe afagar o gosto, mas como uma arma de combate contra uma das piores heresias que a Igreja já conheceu, que devastava a França e o resto da Europa, a heresia Albigense, Cátara, o Catarismo.

Quantas vezes a Igreja encabeçada por seus pastores, dignos pastores, exemplares pastores, elevou com o terço nas mãos, com o rosário da Virgem, as súplicas a Deus em situações humanamente perdidas, obteve a resposta e o auxílio de que necessitava.

Agora não é diferente, até porque, filhos, nós não combatemos uma heresia, um problema, nós combatemos todas as heresias juntas, no seu conjunto chamado de “Modernismo”, cloaca de todas as heresias.

Não é mais um erro, um desvio da fé, mas todos juntos, compilados num amálgama monstruoso, um “dragão” que se posicionou diante da Igreja para devorá-la  e ao Cristo.

Então, eu exorto a vocês a tomar com temor e tremor os vossos rosários nas mãos, a se recordarem, honrando a memória dos santos que viveram antes de nós, e que o empunharam como arma de combate, a fazer o que eles mesmos fizeram quando puderam, quando tinham a oportunidade de recitar os mistérios do santo terço com Maria, em Maria e por Maria, e com Ela, por Cristo, em Cristo e para Cristo.

É o que temos, filhos, é nosso primeiro combate, é a primeira forma de demonstrarmos apreço e amor à nossa Mãe Igreja, de quem recebemos todos os bens, de modo particular aqueles que vão passar conosco desta vida para a Eternidade e que vão franquear-nos as portas do Céu.

A Igreja precisa urgentemente…

Quando essa crise, quando esse monstro começava a tomar sua forma definitiva no ano de 1917, com a explosão da insânia marxista, comunista na Rússia, foi isso que a Virgem pediu
aos pastorinhos.

Nas Suas seis benditas aparições em Fátima, o tema recorrente das aparições era esse: “Rezem o Terço todos os dias.”

E será que nos custa tanto, filhos? Alguém de nós caiu na tentação de imaginar que o tempo rezado, o tempo dispensado ao Terço é tempo perdido? É o tempo em que mais ganhamos depois do tempo empenhado à Missa.

Eu não tenho mais nada a dizer, peço somente à Nossa Senhora que nos ajude a transformar esses propósitos, que o Espírito de Deus suscita em nossas almas num compromisso de combate.

Não apenas porque fizemos o voto de escravidão à Santíssima Virgem segundo o método de São Luís Maria de Montfort, não apenas por isso, não por causa de nossas relações pessoais com a Mãe de Jesus, mas porque a Igreja precisa urgentemente desse obséquio.

Urgentemente! Nossa Mãe Igreja grita e pede auxílio aos seus filhos, grita como a Virgem do Apocalipse no capítulo doze, grita em dores de parto, porque o dragão agora se coloca diante dela para lhe devorar o Filho, para lhe devorar a obra, o fruto do Seu ventre.

Não nos façamos de rogados, eu não posso exigir que abandonem vossas famílias, que saiam em Missão, que vendam seus bens, que os dêem aos pobres, isso eu não posso fazer, mas exigir que vocês rezem o Terço nessas condições e com essa intenção, eu devo, eu posso.

A Igreja pede o vosso auxílio. A Igreja pede o vosso socorro. Não deixemos nossa Mãe em agonia, uma vez que a grande Sexta-feira Santa da Igreja chega ao seu auge, chega à hora nona.

Peçamos a Nossa Boa Mãe, a Santíssima Virgem, que tão solicitamente na Idade Média deu esse auxílio diante do grave risco que toda a Igreja e toda a Cristandade corriam por causa da heresia Cátara, supliquemos à nossa Boa Mãe que nos dê aquele zelo que deu ao Seu grande apóstolo São Domingos de Gusmão, aos outros que vieram na sequência:

Santo Afonso Maria de Ligório, São Luís Maria Grignion de Montfort e tantos outros que fizeram muito porque rezaram o Terço, rezaram o Rosário da Virgem, porque não se deixaram seduzir pela Serpente, porque combateram ao lado da Igreja e não contra Ela, porque não se deixaram seduzir e enganar, estavam do lado da Mulher, daquela que pisou a cabeça da Serpente com
seu calcanhar.

Se queremos estar do lado da Mulher que pisou, que pisa, que pode pisar a cabeça da Serpente, rezemos o Terço, foi o que Ela pediu. Quem quiser se alistar nas milícias da Virgem comece e termine pelo Santo Terço, o resto vem depois.

O que devemos fazer virá depois, o que nos será  pedido pessoalmente virá depois, mas ninguém presuma coisa alguma se antes não voltar à fidelidade ao santo terço, ao terço diário.

Se antes não entender que, mais do que qualquer outra coisa, o terço foi-nos dado como um instrumento para o combate, para a batalha, para esvaziar e anular as forças das trevas, os poderes das trevas e dos seus aliados aqui no mundo.

Uma vez que tenhamos essa consciência e com essa consciência empunharmos o santo terço, tenho certeza que uma nova fase da nossa vida cristã, da nossa vida católica, vai começar. Sei que posso contar com vocês.

Ao término deste dia, na minha oração, vou levar o vosso alistamento aos pés de Nossa Senhora, neste último domingo do mês de maio, vou dizer-Lhe, em meu nome e em vosso, que Ela pode contar convosco, que estamos de acordo com aquilo que aqui foi dito, que nos alistaremos
para o combate.

Porque a Mãe Igreja pede ajuda, a Mãe Igreja grita por auxílio. Quem a socorrerá?

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

*   *   *

* A transcrição acima manteve o estilo coloquial do sermão.

Fonte: http://fratresinunum.com/

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2 Comentários

  • Em Atos dos Apóstolos – At 1, 12 – 14 – Maria já estava presente no meio dos discípulos que duvidavam de sua missão recomendada por Nosso Senhor Jesus Cristo, embora perseverantes na fé, e este foi o momento do nascimento da Igreja. O mundo pode perseguir, matar, torturar, repudiar, e até transviar os fiéis para outras doutrinas; mas não podemos jamais desfalecer da fé no PODER INCOMENSURÁVEL de Nosso Senhor, que chegou até mesmo a derrubar Saulo do cavalo no caminho para Damasco, transformando-o num instrumento de suma importância para a prosperidade da Igreja! FAÇAMOS LECTIO DIVINA diariamente e confiemos no PODER DO SENHOR que transforma toda a história da humanidade! Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

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  • Eu ja reso o terço todos os dia com os meus filhos, nossa senhora das graças vai me dar cada vez mais força e animo de estarmos a faser a vontade dela, obrigada Mae santíssima.

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