A Irmã Lucia fez uma promessa para curar sua mãe que não acreditava nas Aparições
A senhora Maria Rosa, mãe de Lúcia, cheia de preocupações e sofrimentos, sem nunca conseguir admitir a veracidade das Aparições, caiu doente com tanta gravidade que a família e os médicos julgavam o momento de partir desta vida.
Assim, recebeu os Sacramentos da Unção dos enfermos e despediu-se da família, sendo a Lúcia a última a se despedir.
Acontece que, a mãe não conseguia parar de chorar, portanto, a filha mais velha interveio e arrancou-lhe dos braços de Lúcia, levando-a para a cozinha, cravando-lhe mais um espinho no coração já tão amargurado da pequena.
Lúcia descreve assim este momento:
Minha irmã Maria arrancou-me de seus braços à força, e levou-me para a cozinha, proibindo-me de voltar a aparecer no quarto da mãe, dizendo:
— A mãe morre amargurada por tua causa com os desgostos que tu lhe tens dado.
Ajoelhei-me, com uma profunda amargura e ofereci a Deus o meu sacrifício, pelas melhoras de saúde de minha Mãe.
Poucos minutos depois as irmãs de Lúcia, disseram:
— Lúcia, se é certo que tu viste Nossa Senhora, vai agora até à Cova da Iria pedir-lhe que cure nossa mãe. Promete-lhe o que quiseres, que o faremos. E então acreditamos.
Sem nada responder, Lúcia saiu em direção à Cova da Iria rezando o rosário e chorando amargamente. Chegando, ajoelhou-se, chorou e implorou de Nossa Senhora a cura da mãe.
E fez uma promessa generosa:
— …ir aí, durante nove dias seguidos, com minhas irmãs, rezar o Rosário, indo de joelhos desde cima da estrada até junto do lugar da Aparição, e no último dia levar nove crianças pobres e dar de comer a elas.
Depois de rezar e desafogar o seu coração no Coração da Mãe do Céu, Lúcia levantou-se e confiante voltou para casa.
Chegando em casa sua irmã informou sobre a melhora da mãe.
Então o pai perguntou que promessa tinha feito e Lúcia explicou. Imediatamente o pai anuiu dizendo que todos iriam cumprir a promessa, inclusive a mãe quando recuperada.
Por fim, passados alguns dias, cumpriram a promessa com a participação de todos. O caminho que fizeram de joelhos terá sido a estreia desse gesto repetido depois por milhares de pessoas em agradecimento pelas graças e milagres alcançados
Como diz São João na sua primeira carta: quando fazemos um pedido acreditando que Deus nos concederá, já temos a graça concedida. (1Jo.5,15).
Fonte: Um caminho sob o olhar de Maria, Carmelo de Coimbra
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