14 Excelentes motivos para você rezar a Via Sacra agora mesmo! Você irá se impressionar com o número 5 e 10. Veja.

Na idade de 18 anos, um jovem espanhol, chamado Estanislau, ingressou no noviciado, na vida religiosa,
As estações da Via Sacra


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Na idade de 18 anos, um jovem espanhol, chamado Estanislau, ingressou no noviciado, na vida religiosa,

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E
fez os votos de religião que são: O cumprimento da regra; procurar progredir na perfeição cristã e desejar alcançar o amor puro.

O mês de outubro de 1926, este irmão se ofereceu a Nosso Senhor Jesus Cristo por intermédio de Maria Santíssima.

Pouco depois de ter feito esta oferta heroica de si mesmo, o jovem religioso ficou doente e morreu santamente no mês de março, 1927.

Segundo o mestre de noviços, este religioso era uma alma escolhida de Deus; e que recebia mensagens do Céu. Os confessores do jovem, assim como os teólogos, reconheceram estes feitos sobrenaturais.

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O diretor espiritual do irmão Estanislau lhe havia ordenado escrever todas as promessas transmitidas por Nosso Senhor.

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Isto seria para o bem espiritual dos que fossem devotos da Via Crucis.

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As Promessas para os devotos da Via Crucis feitas por Jesus ao religioso Estanislau:

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1.
 Eu concederei tudo quando Me pedirem com fé, durante a Via Crucis.

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2.
Eu prometo a vida eterna aos que, de vez em quando, se aplicarem a rezar a Via Crucis.

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3
. Durante a vida, eu lhes acompanharei em todo lugar e terão Minha ajuda especial na hora da morte.

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4
. Ainda que tiverem mais pecados que as folhas da erva que cresce nos campos, e mais que os grãos de areia do mar, todos serão apagados por meio desta devoção, a Via Crucis. 

(Importante: Esta devoção não elimina a obrigação de confessar os pecados mortais. Se deve confessar antes de receber a Santa Comunhão.)

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5.
Os que acostumarem rezar frequentemente a Via Crucis, desfrutarão de uma extraordinária Glóriano Céu.

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6.
Depois da morte, se estes devotos forem para o Purgatório, eu os livrarei desse lugar de expiação,na primeira terça-feira ou na primeira sexta-feira depois da morte.

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7.
Eu abençoarei a estas almas cada vez que rezarem a Via Crucis; e minha benção lhes acompanhará em todas partes onde forem. Depois da morte, gozarão desta benção no Céu, por toda a eternidade.

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8
. Na hora da morte, não permitirei que sejam sujeitos a tentação do demônio. Ao espírito maligno lhe tirarei todo o poder sobre estas almas. Assim poderão repousar tranquilamente em Meus Braços.

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9
Se rezarem com verdadeiro amor, serão altamente premiados. Quer dizer, converterei a cada uma destas almas num recipiente vivo, onde Eu irei derramar Minha graça.

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10.
Fixarei Meus Olhos sobre aquelas almas que rezarem a Via Crucis com frequência e Minhas mãos estarão sempre abertas para protegê-las.

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11.
Assim como Eu fui cravado na Cruz, igualmente estarei sempre muito unido aos que Me honram com a reza frequente da Via Crucis.

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12.
Os devotos da Via Crucis nunca se separarão de Mim porque eu lhes darei a graça de jamais cometer um pecado mortal.

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13.
Na hora da morte, eu lhes consolarei com Minha presença, e iremos juntos ao Céu. A morte será doce para todos os que Me tem honrado durante a vida com a reza da Via Crucis.

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14.
 Para estes devotos da Via Crucis, Minha Alma será um escudo de proteção que sempre lhes prestará o auxilio quando recorrerem a Mim.

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Fonte:  http://www.derradeirasgracas.com/ 

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Após ler todo esse relato impressionante:

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Clique no botão abaixo e
ouça gratuitamente a 1° Estação da Via Sacra

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2 Comentários

  • Olá boa noite eu gostaria de saber como se reza essa oração se é com terco ou só medita a via sacra desde de já grata.pela atenção e se for com terco onde encontrar.

    Resposta
    • Senhora Cristina,
      Bom Dia!
      A sua pergunta é se a Via Sacra é rezada junto com o Terço ou só é meditada.

      Resposta:
      O Terço e a Via Sacra são atos de piedade distintos, independentes um do outro. Ou seja, quando rezamos o Terço não fazemos a Via Sacra. Da mesma forma, quando rezamos a Via Sacra evidentemente não rezamos o Terço.
      A Via Sacra é feita mediante a contemplação de cada uma das 14 Estações (etapas do percurso de Nosso Senhor Jesus Cristo levando a Cruz às costa até o alto do Calvário e sua Crucifixão.).
      Para ajudar na contemplação das Estações, transcrevo, abaixo, uma meditação muito profunda e atraente composta pela Prof. Plínio Corrêa de Oliveira. É claro que, se a pessoa não tem tempo de ler e meditar a via sacra inteira, é aconselhável ir alterando a leitura de apenas uma ou duas estações de cada vez que rezar.
      Se desejar, poderei lhe enviar o texto digitado no Word, em formato A4, para ser impresso. Basta solicitar.
      Cordialmente,
      Marcos Aurélio
      Via Sacra
      Em sua edição de março de 1970 (nº 231/) a revista Catolicismo pu-blicou a admirável VIA SACRA de autoria do Prof. Plinio Corrêa de Oli-veira, escrita originalmente para o “Legionário” (de 18-4-1943), então ór-gão oficioso da Arquidiocese de São Paulo.

      I Estação
      Jesus é condenado à morte
      V. Adorámus te Christe et benedícimus tibi.
      R. Quia per sanetam Crueem tuam redemísti mundum.

      Conspiraram contra Vós, Senhor, os vossos inimigos. Sem grande esforço, amotinaram o populacho ingrato, que agora ferve de ódio contra Vós. O ódio. É o que de toda parte Vos circunda, Vos envolve como uma nuvem densa, se atira contra Vós como um escuro e frio vendaval. Ódio gratuito, ódio furioso, ódio implacável: ele não se sacia em Vos humilhar, em Vos saturar de opróbrios, em Vos encher de amargura; vossos inimigos Vos odeiam tanto, que já não suportam vossa presença entre os viven¬tes, e querem a vossa morte. Querem que desapareçais para sempre, que emudeça a lin¬guagem de vossos exemplos e a sabedoria de vossos ensina¬mentos. Querem-Vos morto, aniquilado, destruído. Só as¬sim terão aplacado o turbilhão de ódio que em seus corações se levanta.
      Séculos mesmo antes que nascêsseis, já o Profeta previa esse ódio que suscitaria a luz das verdades que anuncia¬ríeis, o brilho divino das virtu¬des que teríeis: “Meu povo, que te fiz Eu, em que porven¬tura te contristei?” (Miq. 6, 3). E, interpretando vossos senti¬mentos, a Sagrada Liturgia excla-ma aos infiéis de então e de hoje: “Que mais devia Eu ter feito por ti, e não fiz? Eu te plantei como vinha escolhida e preciosa: e tu te converteste em excessiva amargura para Mim; vinagre Me deste a be¬ber em minha sede, e transpas¬saste com uma lança o lado de teu Salvador” (Improperia).
      Tão forte foi o ódio que contra Vós se levantou, que a própria autori-dade de Roma, que julgava o mundo inteiro, abateu-se acovardada, recuou e cedeu ante o ódio dos que sem causa alguma Vos que¬riam matar. A alti-vez romana, vitoriosa no Reno, no Danúbio, no Nilo e no Mediterrâneo, afo¬gou-se na bacia de Pilatos.
      “Christianus alter Christus”, o cristão é um outro Cristo. Se formos re-almente cristãos, isto é, realmente católicos, seremos outros Cristos. E, ine-vitavelmente, o turbilhão de ódio que contra Vós se levantou, também con-tra nós há de soprar furiosamente.
      E ele sopra, Senhor! Compadecei-Vos, ó meu Deus, e dai forças ao pobre menino de colégio, que sofre o ódio de seus companheiros porque professa vosso nome e se recusa a profanar a inocência de seus lábios com palavras de impureza. O ódio, sim. Talvez não o ódio sob a forma de uma invectiva desabrida e feroz, mas sob a forma terrível do escárnio, do isola-mento, do desprezo. Dai forças, ó meu Deus, ao estudante que vacila em proclamar vosso nome em plena aula à vista de um professor ímpio e de uma turma de colegas que moteja. Dai forças, ó meu Deus, à moça que de-ve proclamar vosso nome, recusando-se a vestir os trajes que a moda im-põe, desde que por sua extravagância ou imorali¬dade destoem da dignidade de uma verdadeira católica. Dai forças, ó meu Deus, ao intelec¬tual que vê fecharem-se diante de si as portas da notoriedade e da glória, porque prega a vossa doutrina e professa o vosso nome. Dai forças, ó meu Deus, ao apóstolo que sofre a investida inclemente dos ad¬versários de vossa Igreja, e a hostilidade mil vezes mais pe¬nosa de muitos que são filhos da luz, só por-que não consente nas diluições, nas mutilações, nas unilateralidades com que os” prudentes” compram a to¬lerância do mundo para seu apostolado.
      Ah, meu Deus, como são sábios vossos inimigos! Eles sentem que na linguagem des¬ses “prudentes”, o que se diz nas entrelinhas é que Vós não odiais o mal, nem o erro, nem as trevas. E então aplaudem os prudentes, segundo’ a carne, como Vos aplaudiriam em Je¬rusalém, em lugar de Vos ma¬tar, se tivésseis dirigido aos do Sinédrio a mesma linguagem.
      Senhor, dai-nos forças: não queremos nem pactuar, nem recuar, nem transigir, nem diluir, nem permitir que se desbotem em nossos lábios a di-vina integridade de vossa doutrina. E se um dilúvio de impopularidade so-bre nós desabar, seja sempre nossa oração a da Sagrada Escritura: “Preferi ser abjeto na casa de meu Deus, a morar na intimidade dos pecadores” (SI. 83, 11).
      Pater Noster. Ave Maria. Gloria Patri.
      V. Miserére nostri D6mine. R. Miserére nostri.
      V. Fidélium ánimae per misericordiam Dei requiéscant in pace. R. Amen.

      II Estação
      Jesus aceita a Cruz da mão dos carrascos
      V. Adorámus te Christe et benedícimus tibi.
      R. Quia per sanctam Crucem tuam redemísti mundum.

      Mas para isto, Senhor, é preciso paciência. Paciência pela qual se dei-xa, de braços cruzados e coração conformado, cair o dilúvio sobre a própria cabeça. Paciência é a virtude pela qual se sofre para um bem maior. Pa-ciência é, pois, a capacidade de sofrer para o bem. Precisa de paciência o doente que, esmagado por um mal incurável, aceita resignado a dor que ele lhe impõe. Precisa de paciência aquele que se debruça sobre as dores alhei-as, para as consolar como Vós consolastes, Senhor, os que Vos procura-vam. Precisa de paciência quem se dedica ao apostolado com invencível caridade, atraindo amorosamente aVós as almas que vacilam nas sendas da heresia ou no lodaçal da concupiscência. Precisa tam¬bém de paciência o cruzado que toma a cruz, e vai lutar contra os inimigos da Santa Igreja. É um sofrimento tomar a iniciativa da luta, formar e manter de pé dentro de si sentimentos de pugnaci¬dade, de energia, de combatividade, vencer o indife-rentismo, a mediocridade, a preguiça, e atirar-se como um digno discípulo daquEle que é o Leão de Judá, sobre o ímpio insolente que ameaça o redil de Nosso Senhor Jesus Cristo. Oh sublime paciência dos que lutam, comba-tem, tomam a iniciativa, entram, falam, procla¬mam, aconselham, admoes-tam, e desafiam por si sós toda a soberba, toda a empáfia, toda a arrogância do vício insolente, do defeito elegante, do erro simpático e popular!
      Vós fostes, Senhor, um modelo de paciência. Vossa paciência não consistiu, entretanto, em morrer esmagado debaixo da Cruz quando Vo-la deram. Conta uma piedosa revelação que quando recebestes das mãos dos verdugos a vossa Cruz, Vós a beijastes amorosamente, e, tomando-a sobre os ombros, com invencível energia a levastes até o alto do G61gota.
      Dai-nos, Senhor, essa capacidade de sofrer. De sofrer muito.
      De sofrer tudo. De sofrer heroicamente, não apenas suportando o so-frimento, mas indo ao encontro dele, procurando-o, e car¬regando-o até o dia em que tenhamos a coroa da vitória eterna.
      Pater Noster. Ave Maria. Gloria Patri.
      V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére nostri.
      V. Fidélium ánimae per misericordiam Dei requiéscant in pace. R. Amen.
      III Estação
      Jesus cai pela primeira vez sob a Cruz
      V. Adorámus te Christe et benedícimus tibi.
      R. Quia per sanctam Crucem tuam redemísti mundum.
      É fácil falar em sofrimento. O difícil é sofrer. V 6s o provastes, Se-nhor. Como é diferente do heroísmo fátuo e artificial de tanto soldado das trevas o vosso divino heroísmo, Senhor. Vós não sorristes em face da dor. Não éreis, Senhor, dos que ensinam que se pas~a a vida sorrindo. Quando vossa hora chegou, tremeSteS’ Vos perturbastes, suasteS sangue diante da perspectiva do sofri¬mento. E neste dilúvio de apreensões, infelizmente por demais fundadas, está a consagração de vosso heroísmo. Vencestes os bra-dos mais imperiosos, as injunções mais fortes, os pânicos mais atrozes. Tu-do se dobrou ante vossa vontade humana e divina. Acima de tudo, pairou vossa determinação inflexível de fazer aquilo para que havíeis sido enviado por vosso Pai. E, quando leváveis vossa Cruz pela rua da amargura, mais uma vez as forças naturais fraquejaram. Caístes, porque não tínheis força. Caístes, mas não Vos deixastes cair senão quando de todo não era possível prosseguir no caminho. Caístes, mas não recuastes. Caístes, mas não aban-donastes a Cruz. Vós a conservastes con Vosco, como a expressão visível e tangível de vosso propósito de a levar ao alto do GÓlgota. Oh, meu Deus, dai-nos graças para que, na luta contra o pecado, contra os infiéis, possa-mos quiçá cair debaixo da cruz, mas sem jamais abandonar nem o caminho do dever nem a arena do aposto lado. Sem vossa graça, Senhor, nada, abso-lutamente nada podemos. Mas se correspondermos à vossa graça, tudo po-deremos. Senhor, nós queremos corresponder à vossa graça.
      Pater Noster. Ave Maria. Gloria Patri.
      V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére nostri.
      V. Fidélium ánimae per misericordiam Dei requiéscant in pace. R. Amen.
      IV Estação
      Maria Santissima vem ao encontro de Jesus
      V. Adorámus te Christe et benedícimus tibi.
      R. Quia per sanctam Crucem tuam redemísti mundum.
      Carregar a cruz significa, muitas e muitas vezes, renunciar.
      Renunciar antes de tudo ao ilícito, ao pecaminoso. Mas renunciar também, e muitas vezes, ao que, sendo lícito e até admirável em si, toma-se mau ou menos perfeito em consequência de determi¬nadas circunstâncias.
      No caminho de vossa Paixão, Senhor, destes um terrível exemplo, um luminoso e admirável exemplo de renúncia ao que é lícito. O que há de mais lícito, Senhor, do que as carícias, do que o desvelo de vossa Mãe San-tíssima? Tudo quanto dEla sabemos é que, por mais que dEla saibamos al-go, dEla jamais saberemos tudo, tal é o oceano incomensurável de perfei-ções e de graças que Ela contém. Vossa Mãe, Senhor, está em vosso cami-nho. Ela quer consolar-Vos. Ela quer consolar-Se conVosco. Vede-A. Co-mo é legítimo que Vos detenhais ao longo da via dolorosa, consolando¬Vos e consolando-A. Entretanto, o momento da separação depois deste rápido colóquio chegou. Oh dilaceração, é preciso que Vos separeis um do outro. Nem Ela nem Vós, Senhor, contemporizais. O sacrifício segue seu curso. E Ela fica à beira do caminho … É melhor nem dizer como, vendo-Vos, que Vps distanciais aos poucos vertendo sangue, com passo incerto e vacilante, em de¬manda do último e supremo sacrifício. Maria tem pena de V 6s. Ela Vos segue com o olhar, vendo-Vos só, em mãos de verdugos e de inimigos. Quem há de Vos consolar? Oh vontade irresistível, arrebatadora, imensa, de seguir vossos passos, de Vos dizer pala¬vras de meiguice que só Ela sabe dizer-Vos, de amparar vosso Corpo divino, de Se interpor entre os carrascos e Vós, e, prostrada como quem implora uma esmola inestimável, suplicar para Si um pouco dos golpes que Vos dão, contanto que com isto Vos firam um pouco menos, não Vos magoem tanto a carne inocente. Oh Coração de Mãe, o que sofrestes neste lance!
      Mães de Padres, mães de Missionários, mães de Religiosas, quando sentirdes o pesar de tanta separação cruel, pensai em Maria Santíssima, que deixou seu Divino Filho seguir só, o caminho que Lhe traçam a vontade de Deus. E pedi que Ela console vossa ditosa dor.
      Mas há, mil e mil vezes infelizes, outras mães abandonadas. Mães de ímpios, mães de libertinos, mães de pecadores, também vós ficais a sós, por vezes, no caminho da dor, enquanto vossos filhos correm pelas vias da per-dição. Pedi a Nossa Senhora que vos console, que vos dê alento e perseve-rança, e que ofereça parte da dor que neste passo sofreu, para que vossos filhos possam algum dia voltar a vós. Pensai em Santa Maria, e jamais de-sespe¬reis. Para os vossos filhos transviados, Nossa Senhora será a Stella Maris, que cedo ou tarde os reconduzirá ao porto.
      Pater Noster. Ave Maria. Gloria Patri.
      V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére nostri.
      V. Fidélium ánimae per miserieordiam Dei requiéseant in paee. R. Amen.

      V Estação
      O Cireneu ajuda Jesus a levar a Cruz
      V. Adorámus te Christe et benedicimus tibi.
      R. Quia per sanetam Crueem tuam redemisti mundum.
      Simão Cirineu vinha de longe. Não sabia qual em a algazarra, o alari-do, o vozerio que por vezes o vento lhe trazia. Uma grande festa, prova-velmente, tantos em os risos, os brados, as vozes, que em animada sucessão se faziam ouvir. Aproximou-se. Forte, jovem, cheio de vida, parecia num certo sentido a antítese do pobre Ser de túnica branca – a túnica dos doidos – coroa de espinhos, todo ensanguentado, um leproso cheio de chagas, que paciente e lentamente arrostava a Cruz. O contraste serviu aos algozes de inspiração. Tomam-no para ajudar Cristo, Senhor nosso, a car¬regar a Cruz. O Cirineu aceitou. A princípio, talvez por constran¬gimento. Depois, por piedade. Ficou na História, e, mais do que isto, conquistou para si o Reino do Céu.
      Como é frequente esta cena! No caminho de nossa vida, vemos a Igre-ja que passa, perseguida, açoitada, caluniada, odiada, e, ó meu Deus, por vezes até traída por muitos que se dizem filhos da luz só para melhor pode-rem propagar as trevas. Vemos isto. Na aparência a Igreja está fraca, vaci-lante, agonizante talvez. Na realidade, Ela é divinamente forte, como Jesus. Mas nós só vemos a fraqueza com os olhos da carne. E somos tão míopes com os olhos da fé, que discernimos a custo a invencível força divina que a conservará sempre e sempre. A Igreja vai ser derrotada. Vai morrer. Eu, pôr ao serviço dessa perseguida, dessa caluniada, dessa derrotada, a exuberância de minhas forças, de minha mocidade, de meu entusiasmo? Nunca! Distanciemo-nos. Não somos Cirí¬neus. Cuidemos só e só de nossos interesses. Seremos advogados prósperos, comerciantes ricos, engenheiros bem colocados, médi¬cos de boa clientela, jornalistas ilustres ou prestigiosos professo¬res. E só no dia do Juízo é que compreenderemos o que perdemos quando a Santa Igreja passou por nosso caminho, e nós não a ajudamos!
      Apostolado, apostolado, apostolado! Apostolado saturado de unção, impregnado de sacrifício. É este o meio pelo qual devemos ser Cireneus da Santa Igreja.
      Meu Senhor, fazei com que sejamos tão fiéis a esta graça quanto o próprio Cireneu. 6, bem-aventumdo Cireneu, rogai por nós.
      Pater Noster. Ave Maria. Gloria Patri.
      V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére nostri.
      V. Fidélium ánimae per miserieordiam Dei requiéseant in pace. R. Amen.
      VI Estação
      A Verônica enxuga a face de Jesus
      V. Adorámus te Christe et benedicimus tibi.
      R. Quia per sanetam Crueem tuam redemisti mundum.
      Todos se riam de Vós, meu Senhor, todos Vos feriam, Vos ultrajavam. Vossa Face divina, outrora radiante de formosura, está agora desfigurada inteiramente. Ela só exprime a dor, na sua forma mais aguda, mais pungen-te.
      Aos olhos dessa turbamulta, que papel faria quem Vos conso¬lasse, quem tomasse vosso partido, quem se declarasse vosso? Atrairia sobre si muito do ódio, do desprezo, da humilhação que sobre Vós se lançava como impetuosa torrente, do íntimo daqueles corações empedernidos, e, mais, de todas as ruas, praças e vielas da cidade deicida.
      A Verônica viu isto. Mas ela não teve medo. Aproximou-se de Vós. Consolou-Vos. E, oh divina recompensa, vossa Face divina ficou para sempre estampada na toalha com que ela quis enxugá-la.
      Meu Deus, queira meu coração consolar-Vos sempre. E espe¬cialmente quando todos se envergonharem de Vós, dai-me forças para Vos consolar, proclamando-Vos em alto e bom som o meu Divino Rei.
      Como recompensa, não quero outro, senão ter vossa Face estampada em meu coração.
      Pater Noster. Ave Maria. Gloria Patri.
      V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére nostri.
      V. Fidélium ánimae per miserieordiam Dei requiéseant in pace. R. Amen.

      VII Estação
      Jesus cai pela segunda vez
      V. Adorámus te Christe et benedicimus tibi.
      R. Quia per sanetam Crueem tuam redemisti mundum.
      Caístes mais uma vez, Divino Senhor. Como é duro o caminho da Cruz! Foi duríssimo para Vós. Será também duríssimo para vossos segui-dores.
      Há momentos em que os caminhos parecem todos fechados para nós, o céu se tolda, as esperanças desaparecem, as apreensões povoam de negros fantasmas a nossa imaginação. As forças co¬meçam a fraquejar. Não pode-mos mais. Embora caiamos debaixo da cruz, meu Deus, mais uma vez Vos suplicamos, por vossas entranhas misericordiosas, pelo vosso Coração Sa-grado, pelo amor que tínheis à vossa Mãe, pelas dores crudelíssimas que neste passo sofrestes, não permitais que saiamos da estrada do sofrimen¬to e da virtude, e que atiremos para longe de nós a cruz. Socorremos então, Se-nhor meu de misericórdia. Porque o que queremos é o cumprimento inteiro de nosso dever.
      Mas ouvi, Deus benigno, a súplica de nossa fraqueza. Pelo muito que sofrestes, pela superabundância de vossos méritos infinitos, abrandai se possível nosso sofrimento, tomai mais leve nossa cruz, sede Vós mesmo nosso misericordioso Cireneu, em toda a extensão em que o permitam nos-sa santificação e os supremos interesses de vossa glória. É o que Vos pedi-mos, Senhor, pela onipotente intercessão de vossa Mãe.
      Pater Noster. Ave Maria. Gloria Patri.
      V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére nostri.
      V. Fidélium ánimae per miserieordiam Dei requiéseant in paee. R. Amen.

      VIII Estação
      Jesus fala às filhas de Jerusalém
      V. Adorámus te Christe et benedíeimus tibi.
      R. Quia per sanctam Cruem tuam redemísti mundum.
      Vós tivestes a Verônica, Senhor, e o inapreciável, se bem que amarís-simo, consolo de vossa Mãe. E, neste passo, outras mu¬lheres se acercam de Vós. Elas choram, elas gemem, elas se apiedam de Vós!
      Como se chamariam estas boas mulheres? O Evangelho não o diz. Como as trataram os soldados e o populacho que Vos marti¬rizavam? Tam-bém não o diz o Evangelho. É certo que se eles falassem linguagem de nos-sos dias, teriam exclamado: Oh beaté¬rio …
      Beatério! Quantas vezes esta palavra se pronuncia com des¬prezo e du-reza, para designar as pessoas que se assinalam e se distinguem pela sua assiduidade aos pés de vossos altares tantas vezes abandonados, na fre-quentação das cerimônias religiosas durante as quais, por vezes, sem elas as igrejas teriam ficado quase vazias. Com chuva ou bom tempo, ei-las que se esgueiram pelas sombras da madrugada ou do crepúsculo, com passo a-pressado. Vão para a igreja. Muitas vão depressa, porque têm de trabalhar, ou em casa, ou fora. Rezam. E sua oração é por vezes tão agradável que, sem aquilo que pejorativa e injustamente se convencionou chamar beatério, seria muito mais infeliz qualquer grande cidade de pecadores de nossos di-as.
      Poderá por vezes haver excesso, abuso, má compreensão de muita coi-sa. Mas por que generalizar a regra? Por que olhar apenas para as manchas, sem ver a luz dessa piedade perseverante e inextinguível? Quanto ouro nes-sa ganga! E quando, depois de ter contemplado assim essas almas entre as quais muitas têm tão grande mérito, se ouvem certas declamações doutas contra o beatério, tem-se a vontade de dizer dos declamadores: Senhor, quanta ganga nesse ouro!
      Esse verdadeiro beatério, esse beatério genuíno e sincero já esteve aos pés da Cruz, chorando e gemendo. E quanta gente que gosta de dizer que Judas não está no inferno mas que para lá vão certamente as beatas, ficará pasmo no dia do Juízo Final!,
      Senhor, aceitai e abençoai essas orações que no decurso de vossa Pai-xão Vos foram dirigidas. V 6s destes a estas pias mulheres sua vocação: “Chorai”. A vocação de chorar pelos castigos que justos e inocentes sofrem em consequência dos pecados coletivos, é a grande vocação delas. Que esse pranto, Senhor, que V6s mesmo incitastes, sirva para que vossas igrejas fiquem regurgitan¬tes de beatos verdadeiros, isto é, de bem-aventurados de todas as idades e condições sociais, nobres, ricos, poderosos, pobres, an-drajosos, infelizes. Senhor, conquistai e atraí a Vós todas as almas, pelas orações, o exemplo e as palavras das almas fiéis, indefecti¬velmente fiéis.
      Pater Noster. Ave Maria. Gloria Patri.
      V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére nostri.
      V. Fidélium ánimae per miserieordiam Dei requiéseant in paee. R. Amen.

      IX Estação
      Jesus cai pela terceira vez
      V. Adorámus te Christe et benedícimus tibi.
      R. Quia per sanetam Crueem tuam redemísti mundum.
      Há mistérios que o vosso Santo Evangelho não narra. E entre eles eu gostaria de saber se me engano ao supor que essa vossa terceira queda foi feita, meu Senhor, para expiar e salvar as almas dos prudentes.
      A prudência é a virtude pela qual escolhemos os meios ade¬quados para obter o fim que temos em vista. Assim, os grandes atos de heroísmo podem ser tão prudentes quanto os recuos estratégicos. Se o fim é vencer, em noventa por cento dos casos é mais prudente avançar do que recuar. Não é outra a virtude evangélica da prudência.
      Entretanto … entende-se que a prudência é só a arte de recuar.
      E, assim, o recuo sistemático e metódico passou a ser a única atitude reconhecida como prudente por muitos de vossos amigos, meu Senhor.
      E por isto se recua muito … A realização de uma grande obra para vossa glória está muito penosa? Recua-se por prudência. A santificação está muito dura? A escalada na virtude multiplica as lutas em vez de as aquietar? Recua-se para os pântanos da medio¬cridade, para evitar, por prudência, grandes catástrofes. A saúde periclita? Abandona-se, por prudência, todo ou quase todo apos¬tolado, mediocriza-se a vida interior, e transforma-se o repouso no supremo ideal da vida, porque a vida foi feita, antes de tudo, para ser longa. Viver muito passa a ser o ideal, em vez de viver bem. O e-logio já não seria como o da Escritura: “Em uma curta vida percorreu uma longa carreira” (Sab.4, 13). Seria, pelo contrário, “teve longa vida, para o que teve a sabedoria de renunciar a fazer uma grande carreira nas vias do apostolado e da virtude”. Vidas longas, obras pequenas.
      E vossa prudência como foi, oh modelo divino de todas as virtudes? Quantos amigos tendes, que Vos aconselhariam a renunciar quando caístes da primeira vez? Da segunda vez, seriam legião. E vendo-Vos cair pela ter-ceira, quantos Vos não abandonariam escandalizados, achando que éreis temerário, falto de bom senso, que queríeis violar os manifestos desígnios de Deus!
      Que esse passo de vossa Paixão nos dê graças, Senhor, para sermos de uma invencível constância no bem, conhecendo perfei¬tamente o caminho do verdadeiro heroísmo, que pode chegar a seus limites mais extremos e mais sublimes sem jamais se confun¬dir com uma vil e presunçosa temeri-dade.
      Pater Noster. A ve Maria. Gloria Patri.
      V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére nostri.
      V. Fidélium ánimae per miserieordiam Dei requiéseant in paee. R. Amen.
      X Estação
      Jesus é despojado de seus vestidos
      V. Adorámus te Christe et benedícimus tibi.
      R. Quia per sanctam Crucem tuam redemísti mundum.
      Não Vos seria poupada esta suprema afronta, meu Deus.
      Aquele Corpo divinamente casto que a Virgem Santíssima prote¬geu sempre com as faixas e túnicas que lhe fazia, aquele Corpo inexprimivel-mente puro haveria de ficar exposto a todos os o¬lhares!
      Meu Deus, como não supor que Vós tenhais expiado particu¬larmente neste passo os pecados contra a castidade? O martírio da nudez é imenso para uma alma pura. Houve tempo em que, em Cartago, as cristãs conduzi-das à arena, tendo vencido miraculosa¬mente as feras, foram submetidas a martírio ainda maior pelos magistrados, que as expuseram nuas diante do auditório, alegando saberem que elas prefeririam mil vezes morrer estraça-lhadas pelas feras. E tinham razão. Se assim sofriam as mártires, como so-frestes Vós, meu Deus?
      E se tão grande é vosso divino horror à impureza e à impudi¬cícia, com que ódio não odiais, Senhor, aqueles que abusam de sua riqueza propagan-do modas indecentes, por meio de represen¬tações cinematográficas e tea-trais, por meio de revistas e fotogra¬fias, por meio do exemplo funesto que as classes altas dão às mais modestas? Como não odiais aqueles que abusam de sua autorida¬de, forçando as empregadas, as filhas e até as esposas a se vestir de modo indecoroso para seguir as fantasias da época? Deles é que dissestes no Evangelho: “Melhor seria que se lhes atasse uma pedra ao pes-coço, e fossem atirados ao fundo do mar” (Mt. 18, 6).
      Dai, a todos os que tem por incumbência combater a moda imoral, co-ragem para tanto meu Deus. Aos pais, às mães, aos professores, aos pa-trões, e aos membros das associações religiosas.
      Pater Noster. Ave Maria. Gloria Patri.
      V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére nostri.
      V. Fidélium ánimae per misericordiam Dei requiéscant in pace.
      R. Amen.

      XI Estação
      Jesus é pregado na Cruz
      V. Adorámus te Christe et benedícimus tibi.
      R. Quia per sanctam Crucem tuam redemísti mundum.
      Quando Abraão, numa docilidade sublime à vossa vontade, meu Deus, ia vibrar contra Isaac o cutelo sacrificador, Vós detivestes, misericordiosa-mente, o curso do sacrifício. Com vosso Filho, entretanto, não agistes as-sim. Pelo contrário, meu Jesus, vosso sacrifício chegou até o fim. Fez-se absolutamente inteiro. Carregastes a Cruz ao alto do monte. E, agora, sois cravado nela.
      A Cruz está por terra, meu Jesus, e Vós nela deitado. Aumentam cru-elmente vossas dores. São tantas que, sem um auxílio sobrenatural, morre-ríeis. Mas vossa força cresce na medida de vossa divina missão. Tereis tudo quanto for necessário para chegar até a última imolação.
      Os laxistas, meu Senhor, recuam. Eivados de determinismo, não sa-bem que Deus multiplica pela graça as forças naturais insignificantes da vontade humana. Por isto recuam diante do dever evidente, admitem inibi-ções invencíveis onde muita vez só há falta de mortificação, e consideram perdidas com honras de guerra muitas batalhas da vida espiritual. Na vida espiritual, não se perde com honras de guerra. As honras de guerra consis-tem apenas em vencer. E vencer consiste em não deixar a cruz mesmo quando se cai debaixo dela, consiste em perseverar em meio aos fracassos aparentes das obras externas, à adversidade, ao esgotamento de todas as forças. Consiste em levar a cruz ao alto do Gólgota, e, lá, se deixar crucifi-car.
      Vós jazeis sobre vossa Cruz deitado, oh meu Deus. Que fracasso apa-rente para o Salvador do mundo, atirado à terra como um verme, desfigura-do como um leproso, e crucificado como um criminoso! Meu Deus, quanta e que esplêndida vitória na realização de vossos desígnios a despeito de todos estes obstáculos!
      Mais uma vez, meditando vossa Paixão, se ergue em nós o clamor tu-multuário de nossa pequenez. Afastai se possível de nós o cálice, meu Deus, mas, se indispensável, dai-nos forças para chegar até a crucifixão.
      Pater Noster. Ave Maria. Gloria Patri.
      V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére nostri.
      V. Fidélium ánimae per misericordiam Dei requiéscant in pace.
      R. Amen.

      XII Estação
      Jesus morre na Cruz
      V. Adorámus te Christe et benedícimus tibi.
      R. Quia per sanctam Crucem tuam redemísti mundum.
      Já não estais por terra, meu Deus. A Cruz lentamente se levantou. Não para Vos elevar, mas para proclamar bem alto vossa ignomínia, vossa der-rota, vosso extermínio.
      Entretanto, era o momento de se cumprir o que Vós mesmo havíeis anunciado: “Quando for elevado, atrairei a Mim todas as criaturas” (Jo. XII, 32). Em vossa Cruz, humilhado, chagado, agonizante, começastes a reinar sobre esta terra. Numa visão profética, víeis todas as almas piedosas de to-dos os tempos, que vinham a Vós. Víeis o recato e o pudor das Santas Mu-lheres, que ali partilhavam de vossa dor e com esse alimento espiritual se santificavam. Víeis as meditações de São Pedro e dos Apóstolos sobre vos-sa Crucifixão, víeis as meditações de Lino, Cleto, Clemente, Sixto, Corné-lio, Cipriano, Inês, Cecília, Anastácia, todos aqueles Santos que vossa Pro-vidência quis que fossem diariamente e no mundo inteiro mencionados du-rante o Sacrifício da Missa, porque a oblação da santidade deles se fez em união com a oblação de vossa Crucifixão. Víeis os missionários beneditinos que, conduzindo vossa Cruz pelas selvas da Europa, conquistavam mais terras que as legiões romanas. Víeis São Francisco que do Monte Alverne Vos adorava, e ouvíeis a pregação de São Domingos. Víeis Santo Inácio ardendo em zelo pelo Crucifixo, reunindo em torno de Vós as falanges dos retirantes dos Exercícios Espirituais. Víeis os missionários que percorriam o Novo Mundo para propagar o vosso Crucifixo. Víeis Santa Teresa cho-rando a vossos pés. Víeis vossa Cruz luzindo na coroa dos Reis. Meu Deus, na Cruz é que começou vossa glória, e não na Ressurreição. Vossa nudez é um manto real. Vossa coroa de espinhos é um diadema sem preço. Vossas chagas são vossa púrpura. Oh Cristo-Rei, como é verdadeiro considerar-Vos na Cruz como um Rei. Mas como é certo que nenhum símbolo expri-me melhor a autenticidade dessa realeza quanto a realidade histórica de vossa nudez, de vossa miséria, de vossa aparente derrota!
      Pater Noster. Ave Maria. Gloria Patri.
      V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére nostri.
      V. Fidélium ánimae per misericordiam Dei requiéscant in pace.
      R. Amen.

      XIII Estação
      Jesus é depositado nos braços de sua Mãe
      V. Adorámus te Christe et benedícimus tibi.
      R. Quia per sanctam Crucem tuam redemísti mundum.

      A Redenção se consumou. Vosso Sacrifício se fez inteiro. A Cabeça sofreu quanto tinha de sofrer. Restava aos membros do corpo sofrer também. Junto à Cruz estava Maria. Para que dizer uma palavra que seja, sobre o que Ela sofreu? Parece que o próprio Espírito Santo evitou de descrever a pungência da dor que inundava a Mãe como reflexo da dor que superabundou no Filho. Ele só disse: “Vós, que passais pelo caminho, atentai e vede se há dor semelhante à minha dor” (Jer. I, 12). Só uma palavra a pode descrever: não teve igual em todas as puras criaturas de Deus.
      Nossa Senhora da Piedade! É assim que o povo fiel invoca a Nossa Senhora quando A contempla sentada, com o cadáver divino do Filho ao colo. Piedade, porque toda Ela não é senão compaixão. Compaixão do Fi-lho. Compaixão dos filhos, porque Ela não tem só um filho. Mãe dEle, tor-nou-se Mãe de todos os homens. E Ela não tem apenas compaixão do Fi-lho, tem também dos filhos. Ela olha para nossas dores, nossos sofrimentos, nossas lutas. Ela sorri para nós no perigo, chora conosco na dor, alivia nos-sas tristezas e santifica nossas alegrias. O próprio do coração de Mãe é uma íntima participação em tudo o que faz vibrar o coração dos filhos. Nossa Senhora é nossa Mãe. Ela ama muito mais a cada um de nós individual-mente, ainda ao mais miserável e pecador, do que poderia fazê-lo o amor somado de todas as mães do mundo por um filho único. Persuadamo-nos bem disto. É a cada um de nós. É a mim. Sim, é a mim, com todas as mi-nhas misérias, minhas infidelidades tão asperamente censuráveis, meus in-desculpáveis defeitos. É a mim que Ela ama assim. E ama com intimidade. Não como uma Rainha que, não tendo tempo para tomar conhecimento da vida de cada um dos súditos, acompanha apenas em linhas gerais o que eles fazem. Ela me acompanha a mim, em todos os pormenores de minha vida. Ela conhece minhas pequenas dores, minhas pequenas alegrias, meus pe-quenos desejos. Ela não é indiferente a nada. Se soubéssemos pedir, se compreendêssemos a importunidade evangélica como uma virtude admirá-vel, como saberíamos ser minuciosamente importunos com Nossa Senhora! E Ela nos daria na ordem da natureza, e principalmente na ordem da graça, muitíssimo mais do que jamais ousaríamos supor.
      Nossa Senhora da Piedade! Tanto valeria, ou quase, dizer Nossa Se-nhora da Santa Ousadia. Porque o que mais pode estimular a santa ousadia, ousadia humilde, submissa e conformada de um miserável, que a piedade maternal inimaginável de quem tudo tem?
      Pater Noster. Ave Maria. Gloria Patri.
      V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére nostri.
      V. Fidélium ánimae per misericordiam Dei requiéscant in pace.
      R. Amen.
      XIV Estação
      Jesus é depositado no sepulcro
      V. Adorámus te Christe et benedícimus tibi.
      R. Quia per sanctam Crucem tuam redemísti mundum.
      Ao mesmo tempo que as pesadas lajes do sepulcro velam o Corpo do Salvador aos olhares de todos, a fé vacila nos poucos que haviam permane-cido fiéis a Nosso Senhor.
      Mas há uma lâmpada que não se apaga, nem bruxuleia, e que arde só ela plenamente, nesta escuridão universal. É Nossa Senhora, em cuja alma a fé brilha tão intensamente como sempre. Ela crê. Crê inteiramente, sem reservas nem restrições. Tudo parece ter fracassado. Mas Ela sabe que nada fracassou. Em paz, aguarda Ela a Ressurreição. Nossa Senhora resumiu e compendiou em Si a Santa Igreja nesses dias de tão extensa deserção.
      Nossa Senhora, protetora da fé. É este o tema da presente meditação. Da fé e do espírito de fé, ou seja, do senso católico. Hoje, a muitos olhos, as possibilidades de restauração plena de todas as coisas segundo a lei e doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo parecem tão irremediavelmente se-pultadas quanto aos Apóstolos parecia irremediavelmente sepultado Nosso Senhor em seu sepulcro. Os que têm devoção a Nossa Senhora recebem dEla, entretanto, o inestimável dom do senso católico. E, por isto, eles sa-bem que tudo é possível, e que a aparente inviabilidade dos mais ousados e extremados sonhos apostólicos não impedirá uma verdadeira ressurreição se Deus tiver pena do mundo, e o mundo corresponder à graça de Deus.
      Nossa Senhora nos ensina a perseverança na fé, no senso católico e na virtude do apostolado destemido — “Fides intrepida” — mesmo quando parece tudo perdido. A Ressurreição virá logo. Felizes dos que souberem perseverar como Ela, e com Ela. Deles serão as alegrias, em certa medida as glórias do dia da Ressurreição.
      Pater Noster. Ave Maria. Gloria Patri.
      V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére nostri.
      V. Fidélium ánimae per misericordiam Dei requiéscant in pace. R. Amen.

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