Nossa Senhora em Fátima: “Rezem, rezem muito”
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Em 1941, na famosa carta ao seu bispo, Irmã Lúcia narrou assim a aparição de 13 de julho de 1917, a mais importante:
“O segredo confiado pela Virgem consiste em três partes distintas, duas das quais estou prestes a revelar. A primeira parte é a visão do inferno.Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados nesse fogo, os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes, negras e cor de bronze, com forma humana,flutuavam nesse fogaréu, e eram levadas pelas chamas que delas mesmas saíam junto com nuvens de fumaça, e caíam de todos os lados, como faíscas de um enorme incêndio, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero, que nos causou horror e nos fez tremer de medo…”.
Jacinta, que morreu três anos depois, ainda uma criança de 10 anos e chocada com o que viu naqueles poucos momentos, vai dizer em seu leito de morte:
“Se eu pudesse mostrar o inferno aos pecadores…, faria qualquer coisa para que o evitassem, mudando de vida”.
Visões semelhantes do inferno não são fatos isolados na história da Igreja. Essa realidade terrível foi experienciada por muitos santos e santas.
E a sua credibilidade, tanto psicológica quanto mental, foi avaliada com rigor nos processos canônicos.
Para limitar-nos às mais famosas e veneradas santas: Santa Teresa de Ávila, Santa Verônica Giuliani e Santa Faustina Kowalska, além de outras.
E, entre os santos, não podemos nos esquecer de São Pio de Pietrelcina, o estigmatizado, que viveu o sobrenatural como se fosse a condição mais natural, a ponto de se admirar que os outros não viam o que ele via.
Em Fátima, o papel central da mensagem é a reiteração do perigo de se perder, além do fato de que Nossa Senhora ensina aos videntes uma oração que deveria ser repetida no rosário depois de cada dez Ave-Marias.
Oração que teve uma extraordinária acolhida no mundo católico, tanto que é recitada em qualquer lugar em que se reze o terço, e diz:
“Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para e céu, e socorrei principalmente as que mais precisarem da vossa misericórdia.”
Palavras, como se vê, todas centradas nos Novíssimos, e ditadas para as crianças pela própria Virgem Maria.
O que um cristão deve implorar, de modo especial, é a salvação contra o “fogo do inferno”, além de pedir à misericórdia divina uma espécie de redução de pena para aqueles que sofrem no purgatório.
Disse a Mãe de Deus, “com o semblante muito doloroso”, como descreveu Irmã Lúcia:
“Rezai, rezai muito, e fazei sacrifícios pelos pecadores. Na verdade, muitas almas vão para o inferno porque não há quem reze e faça sacrifícios por elas”.
Fonte: Vittorio Messori, in “La Nuova Bussola Quotidiana”
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